O governo federal publicou no “Diário
Oficial da União” desta quarta-feira (31) 22 decretos de desapropriação
de terras para a reforma agrária.
Segundo o
Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), as áreas somam 66.658
hectares e deverão beneficiar 1.504 famílias de trabalhadores rurais em
dez estados - Pernambuco, Pará, Maranhão, Santa Catarina, Goiás,
Rondônia, Sergipe, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A
perícia técnica realizada pelo Incra identificou que todas as áreas
apresentavam índices de produtividade abaixo do que determina a
Constituição Federal.
Os proprietários das
terras desapropriadas, de acordo com o instituto, receberão um total de
R$ 76,7 milhões, valor que já consta no orçamento do órgão para 2015.
No total, durante o último ano do seu primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff destinou 30 imóveis para a reforma agrária.
Além
das 22 áreas decretadas nesta quarta, outras oito haviam sido
destinadas, em agosto passado, para a reforma agrária. Em 2013, o número
de decretos publicados para a reforma agrária foi de 100. Em 2012,
foram 28; e, em 2011, 58.
Dados do Incra e do
Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) apontam que 2011, primeiro
ano do governo Dilma, foi o ano com o menor número de famílias
assentadas nos últimos 16 anos.
A pior marca
anterior era do primeiro ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em
2003. Pelos números do Incra, 22.021 foram assentadas em 2011.
Às
críticas de que o ritmo de distribuição de terras durante a sua gestão
está mais lenta que nos dois governos anteriores, a presidente Dilma
Rousseff costuma justificar que a terra a ser utilizada na reforma
agrária deve ser de qualidade.
O argumento dela é que não adianta dar terras sem oferecer condições de infraestrutura para os agricultores produzirem.